quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Record decidiu censurar “A Fazenda”.

Record jogou fora a principal proposta dos reality shows quando decidiu censurar “A Fazenda”.

Para manter sua audiência com a classificação indicativa para “maiores de 10 anos” e assim poder exibir o programa a qualquer horário que quiser, a emissora de Edir Macedo decidiu colocar em prática uma estratégia que levantou questões sobre a razão de assistir à atração.
Existem vários motivos primórdios para que uma pessoa se interesse pelos reality shows. Entre eles está a possibilidade de observar discussões entre pessoas com diferentes perspectivas e total liberdade de expressão sobre os mais diversos assuntos, principalmente os polêmicos – mas este não é um fator presente em “A Fazenda”.
Em algumas ocasiões, quando os assuntos abordados foram mais quentes, a produção do programa cortou o áudio do recinto e mudou o local de exibição o mais rápido possível. Isso aconteceu quando Bruna Surfistinha relatou sua primeira experiência com a cocaína, na hora em que Taciane Ribeiro, Gui Pádua e Renata Banhara se indagavam sobre a orientação sexual de João Kleber e em um momento em que boa parte dos confinados batiam um papo sobre a homossexualidade. Nesta última, algo extremamente suspeito aconteceu: Compadre Washington entrou na sala, falou alguma coisa, deu um sinal positivo para a câmera e pronto, o assunto já era outro. Está óbvio que algum funcionário dos bastidores falou para o cantor barrigudo pedir para o pessoal mudar o tema da conversa.
Agora eu pergunto, o que há de real nisso tudo? Se a intenção de “A Fazenda” é entregar para o Brasil a oportunidade de assistir como seres humanos se comportam em uma situação de confinamento, está fazendo isso errado. Assim como em uma experiência química, nada passa de teoria se você não deixar os elementos reagirem.
por Luis Andion

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